Infelizmente, algumas espécies de pássaros raros encontram-se ameaçadas de extinção, enquanto outras correm risco moderado ou podem ainda vir a ser extintas em pouco tempo.
Existem espécies que você nunca vai ver, a não ser em fotos, reconstituições ou através da memória dos mais antigos. Outras são tão raras que talvez não tenhamos os meios de apreciá-las frente a frente, a não ser em filmagens, fotografias e documentários.
Neste artigo, você vai conhecer não somente quais são as espécies de pássaros raros do Brasil e outras que já foram extintas, mas verá também alguns exemplos de outros países.
Por fim, vamos procurar entender o que está levando alguns pássaros à extinção e o que podemos fazer para evitar isso.
Existem aproximadamente 11 mil espécies de pássaros no mundo, mas muitas espécies encontram-se ameaçadas de extinção. Mesmo os pássaros que não eram considerados raros, estão ameaçados.
Somente na América do Norte, entre 1970 e 2020, ou seja, em 50 anos, houve uma diminuição de 30% na quantidade total de pássaros. Em nível global, 40% do total de espécies, ou seja, quase a metade das 11 mil espécies estão declinando em número, o que as aproxima cada vez mais da extinção.
Mas qual seria o motivo dessa diminuição?
Podemos apontar pelo menos 5 motivos principais, alguns já conhecidos por muitos enquanto outros não.
Enquanto os motivos de número 1 e 2 estão relacionados, pois os pássaros precisam das árvores, o 3 e 4 também guardam relação, pois se roedores e gatos são predadores naturais dos pássaros, os seres humanos através da caça, também são predadores.
Uma observação a ser feita é que tanto gatos quanto roedores têm invadido, em alguns lugares, o habitat natural de certas espécies de pássaros. O motivo dessas invasões é, evidentemente, a intervenção humana, que introduz esses outros animais onde eles não eram comuns antes.
Por fim, as mudanças climáticas afetam não somente os seres humanos e outros animais, mas, principalmente, os pássaros.
No Brasil, existem alguns pássaros raros. Todos eles encontram-se em risco de extinção.
Soldadinho do araripe – Este pássaro recebe esse nome porque o macho da espécie tem um topete vermelho semelhante a um quepe militar. Ele é encontrado somente em alguns municípios do sul do Ceará.
Formigueiro de cabeça negra – Esse é um passarinho de 11 centímetros de comprimento. Os machos têm plumagem de cor preta com detalhes brancos nas asas e as penas nas costas têm cor marrom acobreada. Ele é encontrado principalmente na região sul do Rio de Janeiro, nos municípios de Angra dos Reis e Paraty.
Choquinha de alagoas – A choquinha é passarinho de 9,5 cm de comprimento com cauda pequena e coloração acinzentada. Ela é uma das espécies mais ameaçadas de extinção e vive em algumas localidades entre os estados de Alagoas e Pernambuco.
Saíra apunhalada – A saíra tem o comprimento que varia entre 12,5 e 14 centímetros de comprimento. Ele é um passarinho belo e colorido. O peito é branco e, embaixo do bico, a plumagem é avermelhada, e, na cabeça, parece uma coroa branca. A saíra apunhalada ainda é encontrada no Espírito Santo e em alguns lugares do leste de Minas Gerais.
Entufado baiano – Este pássaro tem tamanho avantajado que pode chegar a 19 centímetros. Apesar de os machos e fêmeas da espécie apresentarem plumagens de cores diferentes, ambos têm um tufo de penas acima do bico. Eles são encontrados no litoral sul da Bahia e na divisa deste estado com Minas Gerais.
Estas foram as espécies raras. Quanto àquelas que foram extintas, podemos citar o exemplo da Mata Atlântica, onde somente nas últimas décadas, algumas espécies foram extintas. Algumas delas são: o limpa-folha-do-nordeste, o gritador-do-nordeste, o caburé de Pernambuco, a arara-azul-pequena, o tietê-de-coroa etc.
Sendo um país com uma riquíssima biodiversidade e detentor da maior parte da floresta amazônica, que é a maior floresta tropical do mundo, o Brasil é um candidato natural a protagonista na preservação da biodiversidade global.
Se levarmos em conta que a Amazônia representa mais de 50% das florestas tropicais do mundo, fica ainda mais claro o quanto o Brasil não é somente um candidato natural, mas tem o dever moral de ser um protagonista na preservação da biodiversidade.
Algumas das aves mais singulares do Brasil, como o Tucano e Arara-Azul, são silvestres. Para que alguém possa criá-las em casa, é necessária uma autorização do Ibama. Caso esses pássaros sejam comprados ou vendidos sem autorização, então, estará se incorrendo no comércio de aves ilegais.
Dados apontam que, por ano, são comercializadas ilegalmente 4 bilhões de aves no Brasil. Dependendo da espécie, um pássaro pode custar de 2 mil dólares a 60 mil dólares. Geralmente, os compradores são zoológicos, colecionadores ou pessoas que querem animais exóticos.
Aliás, é muito importante preservarmos os pássaros. Eles são agentes naturais ecológicos, pois disseminam sementes, polinizam plantas e ainda ajudam no controle de certas pragas das quais se alimentam.
A melhor forma que a humanidade pode contribuir para deter o ritmo acelerado das extinções de pássaros é, em primeiro lugar, reconhecer esta ameaça e considerar que é importante preservar as espécies.
Em segundo lugar, é papel do Estado garantir que o desenvolvimento urbano e econômico seja feito de forma sustentável. Como foi visto, uma das causas da extinção das espécies de pássaros é o desmatamento e a agricultura intensiva.
Por outro lado, o cidadão comum pode contribuir bastante caso se recuse a adquirir aves e pássaros silvestres de forma ilegal, bem como se denunciar aqueles que participam do tráfico dessas espécies que movimenta milhões de dólares por ano.
É possível sim. É por esse motivo que o IBAMA pode autorizar algumas pessoas e instituições a criarem pássaros em cativeiro, desde que tenham, é claro a estrutura e o conhecimento necessários para não prejudicar os animais.
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Como a calopsita não é um pássaro originário do Brasil, mas da Austrália, elas não possuem predadores naturais no país. Isto significa que caso fiquem soltas na natureza em local favorável, elas podem se reproduzir de forma descontrolada e acabar interferindo no bioma.
A natureza é auto-regulatória e cada espécie tem o seu habitat, onde podem estar incluídos alguns predadores animais. Qualquer interferência humana feita sem levar isto em consideração pode afetar o bioma.
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